sábado, 14 de abril de 2012

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Hoje pus-me a pensar em certas ocasiões, na minha adolescência, em não me era particularmente agradável ir passar férias com os meus pais ou sair para algum sítio... Achava eu na altura que já era crescida demais para essas coisas e queria, sobretudo, estar com os amigos. É engraçado como as relações humanas se vão ajustando e moldando ao tempo de cada um, como mudamos de ideias, como passamos a vislumbrar com mais nitidez as limitações da vida e os números a aumentar na idade de cada um de nós. Tudo isso faz mudar as atitudes, a vontade de estar e de partilhar da companhia, do saber, da experiência dos mais velhos. Hoje dei por mim a pensar que talvez estarei na melhor fase de entendimento e cumplicidade com os meus pais. Apesar de afastados, de não vivermos juntos e só nos vermos uma ou duas vezes por mês, acabamos por aproveitar o tempo da melhor forma possível. E não se trata de só agora valorizar a família, até porque sempre o fiz. Trata-se apenas de perceber que o melhor do mundo também é a família e que não podemos deixar passar ao lado os almoços e jantares e qualquer bocadinho para estarmos juntos. Porque o tempo passa e mais tarde, pode ser tarde demais.

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