sábado, 12 de janeiro de 2013

Factos por esclarecer

Morreu uma criança e isso é uma tragédia, uma das maiores que há. Nisto tudo lamento principalmente a morte da criança e o sofrimento daquela família. Mas agora culpa-se o cão e querem que se abata o bicho assim, da forma mais fácil que existe. O abate de animais deveria ser a última medida a aplicar  no caso de animais potencialmente perigosos e, neste caso, parece-me que ainda há factos por esclarecer.  Só se fala no cão, e que o cão é perigoso e que atacou a criança e que isto e aquilo. Será que ninguém se lembra que a criança partilhava o mesmo espaço do cão naquele dia, àquela hora? Porque o fazia?  E se não houve mordeduras mas sim um traumatismo craniano, porque não se tentam apurar as causas desse traumatismo? Tropeçou no cão ou não? E os pais, não são chamados à responsabilidade? Se o cão fosse um Labrador, será que também estava fechado num canil, à espera de ser abatido..?

1 comentário:

  1. Há algum tempo aconteceu-me o seguinte: estava a passear os cães quando o filho de uma vizinha veio a correr enquanto olhava para trás e tropeçou no Doggy. O Doggy - o meu caozinho com menos de 10 quilos, já na altura idoso e que tinha medo até de gatos. Ora, o cão assustou-se, deve até ter ficado magoado com o valente tropeção e atirou-se ao miúdo. Segurei o cão e a coisa ficou por ali, mas os paizinhos, até aí descansados na esplanada a assobiar para o lado levantaram-se logo e viraram-se a mim. Pedi desculpa (que o pai aceitou mas a mãe nem por isso, virou-me a cara e levou o miúdo embora sem me responder) mas fiquei a achar que eles é que tinham de me pedir desculpa a mim.
    Resumindo: os pobres dos bichos é que pagam sempre. Mesmo quando os pais é que não fazem o que lhes compete para proteger os filhos.

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