Ao saber da notícia da resignação do papa Bento XVI não pude deixar de me lembrar do filme Habemus Papam, do qual já falei aqui. O filme fala dos medos e fragilidades de um ser humano que está prestes a assumir a a mais alta função da Igreja. Ao longo de todo o filme o futuro papa questiona-se se será capaz de assumir tal cargo, revela o seu sonho de criança em ser ator e age como outra pessoa qualquer na agitação normal de uma cidade como Roma.
Não sendo exatamente a mesma coisa e não estando em causa a aceitação de um cargo mas sim a sua resignação, lembrei-me que o papa Bento XVI poderá ter tido as mesma dúvidas e medos. Não deixo inclusivé de imaginar que tal como no filme, Bento XVI terá sido aconselhado pelas pessoas mais próximas de si e que terá havido um certo clima de inquietação até a notícia ser dada a conhecer ao público.
Não sei se haverá ali outras causas escondidas para esta resignação mas acredito que terá sido um ato pensado até à exaustão tendo em conta a celeuma que tal atitude poderá provocar no seio da Igreja Católica.
Teremos um novo papa em Março e falando por mim, gostaria de ver eleito no próximo Conclave uma pessoa com peso e força para por ordem na Cúria. Uma pessoa ao serviço da fé e acima de tudo, ao serviço de todos os cidadãos do Mundo e daqueles que mais precisam. Gostaria de ver uma pessoa humilde e mais inovadora, um pouco à imagem de João Paulo I, o "Papa Sorriso" que morreu um mês depois de se ter sido eleito em 1978. A ver vamos...
Acabei de publicar um post que diz isso mesmo que esta situação me fez lembrar o filme. Gostei muito do filme :)
ResponderEliminarTal como tu espero que o novo Papa seja "um verdadeiro cristão" na verdadeira definição do termo.
Carminho