segunda-feira, 30 de março de 2015

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Tenho medo de perder as minhas melhores recordações neste tempo que passa; tenho medo de um dia mais tarde não me lembrar da minha infância, da primeira caneta que utilizei na escola e da história da baleia que inventei em plena sala de aula e que me fez ficar de castigo virada para a parede. Tenho medo de me esquecer das coisas pequeninas que a minha filha faz e diz. Tenho medo de me esquecer o que é o amor, o que se sente, o que se vive e até o que dói. Tenho medo que tudo se esvaneça como uma peça de tecido que vai desbotando aos bocadinhos com o sol e que, mais tarde, não consiga distinguir as cores que tiveram os meus dias.

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