terça-feira, 9 de agosto de 2011

Um país de brandos costumes

Portugal está adormecido. Quase morreu. Perante uma crise tão grave como a que vivemos presentemente há velhos hábitos que não mudam e um deles é este comodismo. Sim, sentámo-nos à sombra da bananeira e esperamos que nos caia uma solução em cima. Os portugueses são assim, serão sempre assim. Não sei se se trata de gerações: geração rasca ou geração à rasca. Não sei se isto é só uma questão de tempo mas morremos para a vida real. Fala-se demasiado em roupa, sapatos, em festas, em saídas aqui e ali, em restaurantes. Compra-se o que não se pode, quando não se pode. Dá-se importância ao que não tem importância, esquecem-se valores, desrespeita-se o próximo assim, como se nada fosse, fazem-se juízos de valor e esquece-se que acima de tudo, devemos olhar para o nosso próprio umbigo antes de apontarmos o dedo seja a quem for. É cómodo ser assim.
Somos um país de brandos costumes, pois somos. Costumes que se estão a tornar no nosso próprio buraco onde, mais tarde ou mais cedo, vamos todos cair.  Ou onde já caímos.

1 comentário:

  1. lembro-me o que me disse um amigo grego há 2 anos.

    as pessoas habituam-se. as crises vêm, ficam, impõe-se austeridade, mas a vida continua e os povos habituam-ses.
    a nossa capacidade de adaptação é francamente notável, mas preferia que houvesse mais rigidez.

    tal como uma ponte, é bom que exista alguma flexibilidade, mas é essencial que parta em algum ponto, sob pena de se tornar inútil pelas curvas que faz.

    ResponderEliminar