sexta-feira, 22 de agosto de 2014

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Devia escrever mais, escrever para não esquecer. Por muito que queira, há pormenores que se  perdem, coisas que passam ao lado, dias dos quais não nos lembramos tão bem. 
A C. já está com seis meses e meio e não escrevi muito sobre ela, sobre os nossos dias. Acorda sempre com um sorriso nos lábios. Quando lhe peço um beijinho, abre a boca e encosta-a à minha cara e eu acredito que me dá mesmo um beijo mesmo que ela ainda não perceba o que é. Falo-lhe no Sushi e ela olha para baixo, à procura dele, mexe muito as pernas e dá gritinhos quando o encontra. Ele tem medo... olha-a com algum receio mas já se aproxima um bocadinho mais. Tudo a seu tempo. 


Num instante começou a rebolar para um lado e para o outro. Gosta de dormir de barriga para baixo mas agora já consegue virar bem a cabeça. A primeira vez que o R. a encontrou assim, teve um susto de morte: tinha a cara espalmada contra o colchão e, no entanto, dormia tranquilamente. Desde que nasceu que mama bem e tenciono continuar a amamenta-la até poder. Gosta muito de festinhas nas pernas e delicia-se com o banho. Sorri muito e sorri para quase todas as pessoas, mesmo as que não conhece. Gosta muito de comer, come sopa e papa como se sempre o tivesse feito e nunca se queixa da fruta, só não liga muito a banana. Nunca gostou de chuchas apesar de ter experimentado mais de meia dúzia delas, todas diferentes. Agora deu para chuchar no polegar quando tem sono e, se está ao nosso colo, é vê-la a encostar a cabecinha ao ombro e a por o dedo na boca. Felizmente, não está sempre nisso, acho que é apenas uma forma que ela arranjou de se consolar sozinha. 

Ser mãe é tão bom. E ter uma família é ter o melhor do mundo. 

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