quinta-feira, 21 de maio de 2015

Estender a mão


Na vida haverá sempre momentos em que precisamos dos outros. Umas vezes pedimos ajuda, outras vezes nem tanto. Aí tentamos ser fortes, vamos aguentando, resistindo, criando máscaras, parecendo que estamos bem quando estamos mal. Forçamos a nossa teimosia nessa resistência à ajuda dos outros de tal forma que nas situações limite conseguimos deixar cair as nossas armas e pedir ajuda, humildemente. Aí, sabemos que há quem esteja para nós, quando queremos, sempre que precisarmos e com o devido respeito pelo nosso espaço. E sabemos também que há quem não esteja. 

A maior facada é pedir ajuda e ouvir um redondo "não" ou sentir que a ajuda não é genuína, não vem de dentro, do peito, do coração. Há dores muito grandes e esta é uma delas.
Estender a mão não é para todos, é só para aqueles que conseguem descentrar-se do seu próprio umbigo e sentir realmente que ajudar dos outros é mais do que a própria ajuda em si; é crescer um bocadinho mais por dentro e ganhar um sol interior que nos faz ser e fazer os outros mais felizes. 


Para ti, filha, a minha mão será sempre um porto de abrigo, mesmo quando não quiseres e precisares de cair e levantar-te sozinha. 

1 comentário:

  1. Todos nós devíamos saber estender a mão. Não sabemos quando somos nós mesmos que precisamos de uma!

    http://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/

    ResponderEliminar